terça-feira, 14 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Rudimentos importante praticar
Introdução aos Rudimentos
Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR!
Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição confortável, que permita que você mantenha os braços e ombros completamente relaxados e a coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição confortável da coluna (evite lesões e esforços desnecessários!).
Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound Strokes). Se você jogar uma bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai completar uma série de "pulos", até que perca a força. Para sustentar o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a "pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o retorno da baqueta.
Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso. Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses movimentos mais adiante.
Posição correta dos dedos para segurar a baqueta
É importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos de upstroke, downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria.
1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número de rebotes possível.
2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.
3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos da mão direita.
Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das mãos para baixo. Assim, as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente relaxados.
Procure tocar todas as notas no centro da pele, isso fará com que as duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais fraco é o som.
Verifique a "pegada" em vários ângulos:
Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai isolar 8 batidas para cada mão e poderá se concentrar nos Rebotes. Use um movimento completo do pulso para cada batida, mas lembre-se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta. Permaneça o mais relaxado possível!
D D D D D D D D E E E E E E E E
Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para desenvolver uma coordenação entre as mãos. Usaremos D para a mão direita e E para a mão equerda. O propósito dos exercícios é de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas, não importando se estamos tocando rápido ou devagar.
Algumas coisas que devemos observar:
- Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço somente se move em reação ao pulso);
- Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na caixa;
- O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao corpo;
- A ponta da baqueta deve bater no centro da pele;
- Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade).
Manulações:
- Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão esquerda
D D D D D D D D E E E E E E E E - Quatro toques para cada mão
D D D D E E E E D D D D E E E E - Dois toques para cada mão
D D E E D D E E D D E E D D E E - Um toque para cada mão
D E D E D E D E D E D E D E D E - Combinação de mãos 1
D E D D E D E E D E D D E D E E - Combinação de mãos 2
D E E D E D D E D E E D E D D E - Combinação de mãos 3
D D E D E E D E D D E D E E D E - Combinação de mãos 4
D E D E E D E D D E D E E D E D
Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus parabéns. Você prestou atenção nos movimentos dos pulsos e manteve um andamento constante? São em exercícios como estes que devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você quer ser um grande músico, comece agora e exija disciplina de você mesmo!
Rudimentos
É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio sôbre as duas mãos, não importando se ele é canhoto ou destro. É o que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto de vista técnico, o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e equilíbrio entre as duas mãos; resistência e velocidade. Por isso, torna-se fundamental a prática dos rudimentos.
No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio, Condição...". Os rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da percussão em todo mundo. Você deve começar, aprendendo os rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se você quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se você vai tocar caixa numa Banda Militar ou bateria numa Banda de Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos!
Os Rudimentos são divididos em "famílias":
- a família do Paradiddle
- a família do Single Stroke (toque simples)
- a família do Double Stroke (toque duplo)
- a família do Flam
- a família do Drag
Estudaremos primeiramente um ou dois exemplos de cada família, aos poucos iremos adicionando as outras variações.
Fonte de parceiros – phlavio18@hotmail.com
sábado, 11 de dezembro de 2010
Peles RMV
Peles
Abaixo vão algumas especificações curtas e objetivas de cada modelo, espero que isso possa servir de auxilio.
Peles de Resposta (Snare Side):
Pele filme simples dsenvolvida especialmente para utilização como resposta da caixa. A grande dificuldade de um desenvolvomentop desse tipo é aliar um filme simples e muito fino (para uma maior ressonancia da esteira), com a durabilidade exigida pelo ataque constantes da baqueta na pele batedeira.. Normalmente se esquece do desgaste da pele de resposta, mas ele de fato acontece e interfere diretamente na sonoridade em geral da caixa. A RMV desenvolveu um novo filme para a fabricação desse modelo específico, que aceita altas afinações sem se romper e, principalmente, sem perder a sensibilidade da esteira. O Desenho da borda permite que a pele se adapte de forma precisa ao rebaixo do tambor, evitando que o som da esteira soa distorcido e "engasgado".
Peles para caixas, tons e surdos:
RMV Single Clear:
Pele MonoFilme que, quando utilizada como batedeira, é sensivel a variações de afinação, qualidade de sonoridade do tambor e execução do baterista. Essas peles não camuflam o som natural do tambor, reproduzindo as baixas frequencias com fidelidade, e de acordo com o ambiente acustico. O ataque das baquetas é claro e bem definido, com excelente projeção. São peles que exigem uma certa experiencia do baterista em relação a técnica e afinação do instrumento, bem como tambores de qualidade. Como pele de resposta de Tons e Surdos, elas garantem uma ressonancia ampla, com caracteristicas acentuadas nas baixas frequencias, originando um som encorpado e definido.
RMV Single Coated:
É a tradicional pele "porosa". Ela trabalha em todas as frequencias com harmonicos vivos e abertos, produzindo um som cheio e profundo. Essa pele maximiza as propriedades naturais do tambor, com volume e ataque incomparaveis. É uma pele sensivel a dinamicas de execução, bem como afinação. Sua utilização em caixas é quase uma convenção, jah que seu ataque produz um "Back Beat" fo0rte, tantop no centro da pele como em RimShots. para quem toca com vassourinhas, esse modelo traz um diferencial em sua porosidade, tornando a sonoridade mais cheia e encorpada.
RMV Duo Clear:
Pele de filme duplo, com construção diferenciada, e com resultado sonoro excelente na relação peso, ataque, ressonancia e durabilidade. O conjunto equilibrado garante volume e "kick" incomparaveis, com harmonicos aveludados, porém vivos, com muita presença. São peles que atuam bem em situações de alto e baixo volume, respeitando as dinamicas de execução do baterista. A Duo Clear pode ser classificada como "de uso geral", jah que atuam bem tanto ao vivo como em estudios, em qualquer genero ou estilo musical.
RMV Duo Coated:
Pele porosa, de filme duplo, com construção diferenciada. Ela apresenta o volume e o ataque caracteristico das peles porosas, com a durabilidade e timbre gordo e pesado das peles duplas. A Duo Coated proporciona um som organico em qualquer tipo de afinação. Em estudios de gravação, com salas super dimensionadas, estas peles produzem um som profundo e aveludado, gerando excelentes resultados. Os modelos de 13" e 14" são otimas opções para utilização em caixas, tanto de madeiras como de metal.
RMV Deep Performer:
Pele de filme duplo com camadas similares e colagem de borda ex-pandida, que proporcionam um som controlado, grave e profundo, facilitando o processo de afinação e microfonação, principalmente em situações que exigem rapidez e eficiencia no "soundcheck". O ataque das baquetas é uniforme em toda a extensão da pele, produzindo um som sem harmonicos e com todas as suas frequencias comprimidas. São recomendadas para utilização em surdos de 14", 15", 16" e 18", graças a sua resistencia de afinação em baixas frequencias.
RMV Deep Saturn:
Pele de filme Duplo, com camadas similares, colagem de borda expandida, e abafada através de anel interno. É a pele mais "pesada" produzida pela RMV, com sonoridade profunda e carregada nas baixas frequencias. Sua vibração é inibida pelo peso extra aplicado à borda, ideal para performances mais seguras e fortes, com poucas varações de dinamicas. AA Deep Saturn funciona bem em tambores grandes e bum,bos em geral, graças ao seu sustain controlado, com ataque sólido e focado.É uma otima opção para bateristas que atuam em grandes espaços, desprovidos de preparação acustica, devido ao seu total controle de harmonicos.
RMV Original Vintage:
As peles Original Vintage trabalham bem as freqüências médias e baixas, com harmonicos vivos, produzindo um som cheio e profundo, maximizando as propriedades naturais do tambor, com excelente volume e ataque. Utilizadas em caixas, torna a sonoridade mais cheia e encorpada.
Peles para Bumbo:
FX Coated e FX Clear:
Pele filme simples, com anel abafador interno, especialmente desenvolvida para bumbos. Sua construção monofilme garante um som extremamente definido, com kick presente em qualquer dinamica. O primeiro impacto ressalta o ataque do batedor, e a projeção subsequente reforça as altas e médias frequencias. As baixas frequencias se fazem presentes graças ao movimento da pele simples aliada ao controle do anel abafador. Estas peles são indicadas para bumbos de qualquer medida, em todos os estilos musicais.
FX Duo Clear:
Pele filme duplo, com anel abafador interno. O som do bumbo apresenta-se bem mais macio, com kick aveludado. São peles desenvolvidas para bumbos de dimensões maiores, graças ao controle de harmonicos e a predominancia das baixas frequencias. Sua durabilidade é acima da média, semdo uma ótima opçãopara bateristas que tocam forte e que buscam um som pesado. O modelo FX Duo fuinciona muito bem em utilização com trigers, devido a sua vibração controlada, que inibe disparos falsos do captador.
fontes de batera.com.br phlavio18@hotmail.com
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Origem do Desenho
O Desenho
O Desenho da UM e Suporte artístico Ligado à Produção de Obras bidimensionais , diferindo, porém, da Pintura e da Gravura . Neste Sentido, o Desenho e encarado leco Processo QUANTO Como Resultado artístico. Não Caso Primeiro,, comunique-se AO Processo Pelo Qual UMA Superfície e Marcada aplicando-se Sobre ELA uma pressao de UMA ferramenta Geral da UM, lápis caneta, OU e) pincel movendo em (-a, de uma forma surgirem Pontos , Linhas e Formas Planas. O Resultado deste Processo (a imagem obtida), so as to, serviços PoDE also Chamada de Desenho. Desta forma, hum Desenho manifesta-se essencialmente Como UMA Composição Por formada Linhas bidimensional, e Formas pontos.
A Representação do Homem vitruviano , Como Imaginado Por Leonardo da Vinci , e hum dos Desenhos Mais conhecidos do Mundo
O Desenho envolvem UMA atitude do desenhista (o Que podería serviços chamado de Designio ) in Relação à Realidade: o desenhista PoDE desejar imitar um SUA Realidade sensível, transforma-la CRIAR UMA OU COM Nova Realidade como Características Próprias da bidimensionalidade UO, Como Caso não do Desenho de Perspectiva , a tridimensionalidade.
Fonte. Google.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Stick control (aplicações)
Considerada a bíblia dos bateristas, método de autoria de George Lawrence stone, muito importante na formação musical/técnica de qualquer baterista ou percussionista. Estarei disponibilizando as 3 primeiras folhas deste método. Faça primeiramente a leitura na íntegra: 2/2, 4 notas em cada tempo respeitando a manulação (R= direita / L= esquerda).
Sugestões:
Nos limitar a somente fazer as folhas do stick control do jeito que está escrito é subestimar este ótimo método. Irei ao longo do tempo demonstrar sugestões para execução.
1ª sugestão:
Transforme toda mão direita em bumbo (executado com o pé direito) e toda mão esquerda será executada na caixa mesmo. Demonstrarei com a primeira sequência de manulações do stick control:
OBS: neste caso B seria bumbo executado com o pé direito e C caixa executada com a mão esquerda
Podemos ainda inverter, neste caso, toda mão direita seria executada na caixa mesmo, e a mão esquerda seria transformada em chimbal (executado com o pé esquerdo), desta forma:
OBS: neste caso C caixa executada com a mão esquerda e X chimbal executado com o pé esquerdo.
Este exercício serve tanto para destros como para canhotos. Fonte de parceiros – phlavio18@hotmail.com
Considerada a bíblia dos bateristas, método de autoria de George Lawrence stone, muito importante na formação musical/técnica de qualquer baterista ou percussionista. Estarei disponibilizando as 3 primeiras folhas deste método. Faça primeiramente a leitura na íntegra: 2/2, 4 notas em cada tempo respeitando a manulação (R= direita / L= esquerda).
Sugestões:
Nos limitar a somente fazer as folhas do stick control do jeito que está escrito é subestimar este ótimo método. Irei ao longo do tempo demonstrar sugestões para execução.
1ª sugestão:
Transforme toda mão direita em bumbo (executado com o pé direito) e toda mão esquerda será executada na caixa mesmo. Demonstrarei com a primeira sequência de manulações do stick control:
OBS: neste caso B seria bumbo executado com o pé direito e C caixa executada com a mão esquerda
Podemos ainda inverter, neste caso, toda mão direita seria executada na caixa mesmo, e a mão esquerda seria transformada em chimbal (executado com o pé esquerdo), desta forma:
OBS: neste caso C caixa executada com a mão esquerda e X chimbal executado com o pé esquerdo.
Este exercício serve tanto para destros como para canhotos. Fonte de parceiros – phlavio1
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
Historia dos Pratos
Historia dos Pratos
Metalúrgicos experimentam com materiais para obter ligas de alto grau há mais de 3500 anos. Há descobertas arqueológicas de pratos de Bronze originários da Grécia, já com sulcos circulares, datados de há 2500 anos! Os primórdios podem ser relacionados com uma idade tão impressionante como 5000 anos!
Tal como os tambores, eram usados em cerimônias religiosas e para provocar pavor no inimigo antes duma batalha, através duma imponente massa sonora.
Até meados do séc. 19 a companhia Zildjian produzia modestamente produtos para os militares e para a Igreja. Foi em 1815 que Avedis Zildjian II chegou à Europa para mostrar os seus produtos nas feiras de Marselha, Londres e Paris. É um primeiro passo decisivo para o início da história da bateria a qual começa realmente com a invenção do pedal de bombo, atribuído a William F, Ludwig, em 1894.
Assim apareceu o baterista que foi e é o principal responsável pelo desenvolvimento moderno em geral dos pratos através das suas experiências e exigências sonoras para definir e acompanhar a inovação e evolução da música durante todo o séc. 20.
Mas até 1980 havia uma relativamente curta possibilidade de escolha. A Paiste tinha as séries 2002, Formula 602 e Sound Creation, enquanto que a Zildjian estava limitada à série Avedis. Havia mais umas companhias Italianas, UFIP e Tosco, a contribuir modestamente para o mercado de pratos. Nos anos seguintes apareceram a Sabian, Istanbul e Spizz e a Meinl começou a entrar nas gamas profissionais. Em dez anos, estas oito companhias surgiram com mais de trinta novas séries profissionais.
Em relação às ligas (alloys em inglês), temos o seguinte:
Até finais dos anos 80 usavam-se essencialmente duas ligas de bronze para pratos de gamas médios e altos: a B20, com 80% de cobre e 20% de estanho e a B8, com 92% de cobre e 8% de estanho. Pequenas quantidades de outros metais podiam ser adicionados a ambas as ligas, como a prata, servindo como catalisadores, como uma “cola” entre o cobre e o estanho.
A prata ou é adicionada ou o próprio cobre já contém traços desta. Uma terceira liga foi introduzida pela Paiste em 1988, a Paiste Sound Alloy cujos ingredientes e quantidades não foram revelados.
A B20 é usada em todas as séries profissionais da Zildjian, Sabian e Istanbul, nas Formula 602 e Sound Creation da Paiste e para a maioria das topo de gama italianas.
A B8 é usada nas 2002, 3000, 2000 e Alpha da Paiste, na maioria dos Meinl e em muitas mais séries de gama média e baixa.
Cada liga pode ser preparada de muitas maneiras diferentes. Um cozinheiro com os mesmos ingredientes e receita pode fazer uma refeição diferente e mais ou menos saborosa que um outro seu colega. Em poucas palavras, é precário suportarmo-nos simplesmente nas diferentes ligas para definir diferenças no som e na qualidade do produto. Os fabricantes evidenciam mais o processo de fabrico e as características finais do prato que a liga propriamente dita.
A descrição mais objetiva e consensual é que a B8 tem um conjunto de freqüências e harmônicos mais focado ou menos rico que a B20 e a Sound Alloy da Paiste. Basicamente, os pratos de B8 são mais compactos que os outros, mais duros e de resposta mais rápida. Isto se deve a um espectro de frequências mais restrito produzido pela B8, fator diretamente ligado à estrutura da liga a qual é uniformemente direcionada. A B20 é prensada e esticada em várias direções ou moldada em rotação, criando uma estrutura molecular mais entrelaçada.
Quanto à Sound Alloy da Paiste, o que se pode dizer baseado em som, aspecto e sensação, é que é mais parecida com a B20 que com a B8.
Outra diferença notável entre as duas ligas é que a diferença de som entre pratos da B8 é, na maioria das vezes, menor que entre pratos da B20, tendo em conta medidas, tipo e série.
Existem ainda gamas baixas de pratos feitas com ligas como o latão e o níquel-prata. Têm um potencial sonoro inferior ao das ligas de bronze, com som mais compacto e menos sustain e brilho.
Elaborando um pouco mais individualmente ainda em relação às ligas e entrando nos diferentes métodos de produção de pratos, há quatro estilos essenciais: o Turco, o Suíço-Germânico, o Italiano e o Chinês.
O estilo Turco moderno definido pela Zildjian, Sabian e Istanbul data do início do séc. 17 quando um alquimista de nome Avedis descobriu uma liga com propriedades musicais quando tentava sintetizar ouro (a Pedra Filosofal). Uma característica que se mantém é que o fabricante compõe e funde a sua própria liga.
O bronze é feito e deitado em pequenos moldes, um para cada prato. Estes moldes são depois prensados em rolos até se tornarem discos chatos. Depois a cúpula é prensada, são reaquecidos ao rubro e arrefecidos em água, martelados, escavados, recortados e transformados em pratos. A Istanbul tem um processo absolutamente artesanal, a Zildjian mistura este com alguma tecnologia moderna e a Sabian aplica os métodos e maquinaria mais recentes.
O fato dos ingredientes serem conhecidos não altera o secretismo da fórmula, o qual não é sobre o que consiste a liga, mas na forma como é preparada: quais as temperaturas aplicadas, em que ordem os metais são adicionados, etc.
A menor variação nestes parâmetros pode causar grandes variações no som, aspecto e durabilidade do prato. Segundo “Armand Zildjian:” O nosso segredo não está na composição. Não está escrito nem definido. “É uma técnica presenciada e aprendida ao longo do tempo, com o aquele bolo que a avó fazia”.
A tradição turca dita que o segredo apenas fosse transmitido ao filho mais velho da família. Ao quebrar este princípio, revelando a receita a ambos os filhos Armand e Robert, Avedis Zildjian III inconscientemente originou a cisão da família e da companhia com o mais novo, Robert, a mudar-se dos E.U.A. para o Canadá e a fundar a Sabian.
O estilo Suíço-Germânico data de cerca de 1917 e deve-se a Michael Paiste. Tudo começou realmente na Estônia, donde a família Paiste é originária. O nome do estilo é uma generalização regional já que existem grandes diferenças entre Paiste e Meinl em termos de produção.
Tradicionalmente, a liga mais usada é a B8. A razão é simples: A Paiste e a Meinl compram os discos de liga de metal já acabados a fundições especializadas, que os fazem segundo especificações estritas, mas numa liga que é mais standartizada para muitas outras aplicações industriais sendo assim mais fácil de produzir e de obter, que é precisamente a B8.
Como em qualquer material compósito, os ingredientes não fazem a história da sua qualidade e características. No caso da metalurgia e especificamente na produção de pratos de bronze, a qualidade do material depende das temperaturas durante mistura e prensagem, das pressões aplicadas, a ordem de mistura dos ingredientes, etc. Estas variantes influenciam a resistência, força, rigidez, maleabilidade, enfim, o som do produto. Portanto, B8 nem sempre é igual a B8.
A Paiste é a única companhia na sua categoria a utilizar mais duas ligas nas suas séries profissionais. Para além da B8, a sua B20 dos Sound Formula e Sound Creation é bem diferente da Turca como pode ser bem sentido e ouvido. Para a linha Paiste, por vezes chamada Paiste Signature ou Paiste Paiste é usada uma terceira liga. Segundo a Paiste, esta foi a primeira liga especialmente desenvolvida para a produção de pratos. É a Paiste Sound Alloy cujos ingredientes exatos não são conhecidos, mas devem ser, essencialmente e uma vez mais, cobre e estanho.
O método Italiano é originário da cidade de Pistoia, atribuído a Tronci e remonta a 1910. As pequenas fábricas que apareceram juntaram-se e formaram a UFIP (Unione dei Fabricanti Italiani di Piati – no meu italiano cavernoso) que é a mais importante representante da indústria italiana, a par da extinta Tosco.
A liga usada é, em termos de ingredientes, idêntica ao bronze turco. Também contém uma quantidade mínima de prata. Ao contrário da fabricação turca, a receita não tem nada de secreto. A UFIP é a única fábrica onde se pode levar uma câmara e registrar tudo o que houver para ver do seu processo eminentemente artesanal.
Segundo Luigi Tronci da UFIP: “Temos essencialmente duas máquinas: a mão esquerda e a mão direita”. Os Italianos são os únicos pratos genuinamente moldados em fundição. O metal fundido é deitado em moldes que definem logo a forma final do prato. Segue-se depois a afinação por escavação e martelamento e o acabamento.
Finalmente, o método Chinês é especialmente representado pelo seu principal produtor, a Wuhan, que funciona há mais de 1900 anos!
O número de companhias produtoras de pratos na China é desconhecido. Poucos entraram nestes locais e documentaram o seu processo ancestral e em relação às ligas chinesas supõe-se que seja a tradicional B20.
Quanto a métodos, os metais são fundidos, misturados e deitados em moldes e martelados e repetidamente aquecidos e arrefecidos para se obter a espessura e o perfil típicos dum prato chinês. A mistura exata e ingredientes são mantidos em segredo, mas a sonoridade e sensação dos pratos chineses pressupõem uma produção irregular e inconsistente.
Embora os chineses não dêem prioridade ao aspecto visual do prato, com arestas pouco acabadas e buracos por vezes descentrados, têm critérios de avaliação sonora muito restritos e há companhias em que o Inspetor Chefe rejeita cerca de 40% da produção, algo que poria qualquer fábrica ocidental na falência ao fim de um mês.
Texto basicamente elaborado e sucintamente traduzido (Português PT) a partir do livro The Cymbal Book de Hugo Pinksterboer. São cerca de 200 páginas com a mais variada informação objetiva sobre pratos, resultado duma pesquisa feita durante anos, com visitas às seis principais fábricas ocidentais e conversas com os seus presidentes, projetistas, fundidores, marteladores e ainda em contactos com muitos bateristas, junto com a experiência do autor como baterista, editor de revistas de bateria, técnico de reparação de baterias e vendedor de lojas de baterias. – fontes de parceiros.
phlavio18@hotmail.com